Hoje a Terra é um “pálido ponto azul”,
como era dito por Carl Sagan.
Mas 2,5 bilhões de anos atrás, a Terra poderia ter sido um “pálido ponto laranja”, devido ao metano produzido por organismos – e encontrar exoplanetas com essa característica, pode ser animador em relação a vida.
Essa ideia é baseada de acordo com um novo estudo realizado por Giada Arney, da Universidade de Washington. Essa pesquisa utilizou dados geológicos para examinar qual seria a aparência da Terra há 2,5 bilhões de anos, e encontrar este aspecto poderia ajudar na busca por exoplanetas habitáveis. Durante esta época, as moléculas de metano na atmosfera eram compostas por hidrocarbonetos leves, além de hidrogênio e carbono – assim dando a Terra uma névoa laranja. Neste caso, há duas fontes possíveis para tal metano: biológico ou processos geológicos, como acontece na lua de Saturno, Titã.
Titã, lua de Saturno. |
Para descobrir se o tom laranja de um exoplaneta vem de processos biológicos ou geológicos, você precisa descobrir quanto de dióxido de carbono tem por lá. Se é muito, poderia ser parecido com a Terra; se não, provavelmente se parece com Titã. Na Terra, a possível neblina teria se estendido de 20 a 70 km para cima na atmosfera, e desapareceu quando os níveis de oxigênio começaram a subir.