Ele já cumpria regime domiciliar por tráfico
e estava na Corte há dois anos.
Presos traziam droga de Goiás
e as revendiam no DF e cidade do Entorno.
Um funcionário terceirizado do Supremo Tribunal Federal e mais três homens foram presos suspeitos de vender drogas em Santa Maria-DF e Guará-DF, no Distrito Federal, e em Valparaíso-GO.
Conhecido como "Vila", Vinicius Corrêa Dias, de 30 anos, chefiava uma quadrilha que atuava há mais de um ano nas regiões, segundo a PM.
As prisões ocorreram na última sexta-feira (160122), mas só foram divulgadas pela polícia nesta segunda (160125).
Com os presos foram apreendidos 11 kg de maconha, uma porção de cocaína, dois carros clonados, telefones celulares, balanças de precisão e R$ 2 mil em espécie.
De acordo com a Polícia Civil, as prisões ocorreram na BR-040, próximo ao Gama-DF, e em Valparaíso de Goiás.
No momento da abordagem, segundo a PM, Dias tentou se livrar da prisão alegando ser servidor público e trabalhar no gabinete de um dos ministros do STF.
Ele não quis conversar com a imprensa.
"Ele trabalhava há dois anos
como funcionário terceirizado
do Supremo Tribunal,
estava em regime domiciliar.
Ele realizava serviço de mensageiro
em um programa de ressocialização.
Com o caso, percebemos que há algumas pessoas
que não têm solução"
Declarou o delegado da Coordenação de Repressão às Drogas - CORD, Leonardo de Castro Cardoso.
"Vila" trabalhava no período da tarde,
de 12:00 às 17:00 horas.
Ele recebia R$ 1,800 mil.
Ele ia uma vez na semana à Vara de Execução Penais
para assinar um termo de que estava "dentro da lei"
Disse o delegado.
Além de Dias, Bruno Martins Maia, de 31 anos, Edvaldo Pereira da Silva, de 26 anos e Diego Rodrigues Vitalino, de 27 anos, também foram presos.
Na delegacia, nenhum dos presos quis dar declarações.
A operação foi chamada de "Têmis" e foi investigada por 11 meses. Toda a droga adquirida pelos suspeitos vinham de um fornecedor de Goiânia-GO, que está na cadeia.
"Nós chegamos aos suspeitos após duas mulheres
serem presas tentando entrar no Distrito Federal
com 195 kg de maconha a mando do grupo"
Informa o delegado.
Apenas Dias tinha passagem pela polícia por tráfico de drogas.
Diego Vitalino era considerado a "mula" do grupo [responsável pelo transporte da droga] e foi contratado há pouco menos de um mês.
Ele receberia R$ 1.000 mil pelo serviço.
"Por volta de 20:00 horas,
na BR-040, a Polícia Civil abordou um carro
que era ocupado por Bruno e Diego.
Dentro do banco traseiro foi encontrada
uma mochila contendo 16 tijolos de maconha",
Explica o delegado.
Bruno Maia havia ido buscar Diego Vitalino na Rodoviária de Brasília-DF, que havia chegado de Goiânia-GO com a droga.
Após a abordagem, os policiais civis seguiram para Valparaíso-DF, onde prenderam os demais integrantes da quadrilha.
Todos os suspeitos responderão por tráfico de drogas. Se condenados, podem pegar de 10 a 25 anos de prisão.