Ela vendia produtos por R$35,00;
clientes revendiam em salões por R$150,00.
Suspeita misturava formol e gasolina com cremes oficiais, diz delegada.
Uma mulher suspeita de produzir e vender cosméticos falsificados foi presa nesta Quinta-feira (160303) em Taguatinga Norte-DF, no Distrito Federal.
Segundo a Polícia Civil, a jovem de 24 anos preparava a fórmula de um alisante para cabelos com formol, gasolina e cremes de marcas oficiais e falsificou também a etiqueta da Agência Nacional de Vigilância Sanitária - Anvisa, exigida em mercadorias do tipo.
A delegacia de Combate aos Crimes Contra a Propriedade Imaterial - Dcpim chegou até a suspeita depois de receber uma denúncia sobre uma mulher que falsificava os produtos na casa dela.
"Nossa equipe fez campana no local
para saber se havia essa atividade.
Ela era muito atenta,
demonstrando ter conhecimento do crime.
Mas conseguimos prendê-la
no momento em que passava produtos para um cliente”
Afirma a delegada Mônica Ferreira.
A mulher foi detida no Setor de Oficinas de Taguatinga-DF enquanto passava uma caixa com os produtos para o carro de um cliente. Mônica diz que a suspeita vendia para clientes por cerca de R$35,00.
O produto falsificado era revendido em salões por cerca de R$150,00.
"Ela chegou a falsificar até mesmo
o nome do responsável técnico e a autorização"
Diz a delegada.
Na casa da mulher foram encontrados frascos de creme, um galão com 25 litros de formol, outro com a mesma quantidade de gasolina e utensílios usados na confecção do creme de alisamento.
A polícia apreendeu também:
três sacos com milhares de etiquetas falsas,
30 litros de essências,
54 quilos de cremes originais,
82 litros de selantes capilares,
102 litros de creme para escova,
39 frascos de corantes,
quatro litros de água oxigenada e
cinco litros de xampu.
A pessoa que recebia a mercadoria no momento da abordagem policial tentava adquirir 15 litros do produto.
O formol, presente na fórmula, é proibido pela Anvisa por poder causar câncer e sintomas como inchaço e inflamação.
A mulher foi autuada em flagrante por crime hediondo contra a saúde pública e por crime contra a relação de consumo.
Ela vai responder também por adulteração de produtos terapêuticos ou medicinais e por crime contra a relação de consumo por ter falsificado a etiqueta da Anvisa.
Se for condenada, ela pode ter de cumprir pena de 10 a 15 anos de reclusão.
A mulher foi ouvida em audiência de custódia nesta Quinta-feira e responde em liberdade.
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