Cerca de 1.500 mil pessoas protestaram
em frente ao Supremo no Domingo.
Corte informou que não vai se pronunciar
sobre as pichações no prédio.
Servidores do Supremo Tribunal Federal - STF retiraram na manhã desta Segunda-feira (160530) as pichações deixadas nos pilares do prédio por mulheres que participaram da Marcha das Flores neste Domingo (160529).
A manifestação foi um protesto contra denúncia de estupro coletivo cometido contra uma adolescente no Rio de Janeiro.
O ato em Brasília-DF teve confronto com a polícia.
Durante a manifestação, os participantes exibiram faixas com frases como "a culpa nunca é da vítima", "estupro fere o corpo e mata a alma", "queremos políticas públicas para as mulheres" e "30 contra todas".
Eles também pediram a saída do presidente em exercício, Michel Temer.
As manifestantes também colocaram flores e faixas penduradas na Estátua da Justiça, localizada em frente ao Supremo.
Nesta manhã, uma escada usada para que os servidores pudessem fazer a limpeza da estátua ainda estava no local, que permaneceu cercado por contenções de metal.
Houve um princípio de confusão quando uma das mulheres pulou a cerca tentando invadir o prédio.
Os seguranças reagiram e os manifestantes derrubaram a grade.
A Polícia Militar chegou a jogar gás de pimenta para impedir a entrada dos manifestantes.
A situação se acalmou em instantes, com a intervenção dos próprios participantes. O protesto era formado principalmente por mulheres, mas também participaram homens e crianças.
Segundo a Polícia Militar, 1.500 mil pessoas estiveram no ato em Brasília-DF.
Crime no Rio
O caso de estupro coletivo no RIO DE JANEIRO se tornou público depois que imagens do caso começaram a circular na internet.
A adolescente disse à polícia que o crime ocorreu depois de ela ir até a casa de um rapaz com quem se relacionava há três anos, no dia 160521.
Ela afirmou se lembrar de estar a sós na casa dele e disse só se recordar de que acordou no Domingo (160522), em uma outra casa, na mesma comunidade, com 33 homens armados com fuzis e pistolas.
Ela conta no depoimento que estava dopada e nua.
A jovem afirmou que foi para casa de táxi, após o ocorrido.
Ela admitiu que faz uso de drogas, mas disse que não utilizou nenhum entorpecente no Sábado (160521).
Na terça (160524), ela descobriu que imagens dela, sem roupas e desacordada, circulavam na internet.
A jovem contou ainda que voltou à comunidade para buscar o celular, que fora roubado.
O laudo da perícia do caso de estupro coletivo da jovem de 16 anos no Rio diz que a demora da vítima em acionar a polícia e fazer o exame foi determinante para que não fossem encontrados indícios de violência, como antecipou o Bom Dia Rio nesta Segunda-feira (160530).
Ela foi examinada quatro dias após o crime.
Além do exame de corpo de delito, a polícia também fez uma perícia no vídeo que foi divulgado nas redes sociais, no qual a jovem aparece desacordada.
Os resultados das análises serão informados nesta segunda pelos investigadores.
Neste Domingo (160529), o Fantástico adiantou algumas informações que estarão no laudo feito sobre as imagens (veja vídeo).
O chefe de Polícia Civil do Rio, Fernando Veloso, disse que a perícia do vídeo traz respostas que podem contrariar o senso comum que vem sendo formado sobre esse caso.
“Não há vestígios de sangue nenhum que se possa perceber pelas imagens que foram registradas.
Eles [os peritos] já estão antecipando, alinhando algumas conclusões quanto ao emprego de violência, quanto à coleta de espermatozoides, quanto às práticas sexuais que possam ter sido praticadas com ela ou não.
Então, o laudo vai trazer algumas respostas que, de certa forma, vão contrariar o senso comum que vem sendo formado por pessoas que sequer assistiram ao vídeo”
Concluiu Veloso.
Com Informações de: G1.
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