Fast-food é tão ruim como dizem?
6 mitos e verdades que você precisa saber
Não é segredo que fast-food não tem uma grande reputação. Inúmeros estudos ligam o consumo desse tipo de alimento a doenças cardiovasculares e obesidade.
Até mesmo a mídia tem demonizado as indústrias e cadeias de fast-food. Um bom exemplo foi quando o cineasta independente, Morgan Spurlock, em 2004, realizou o documentário “Super Size Me: A Dieta do Palhaço”, que conta sua própria experiência como cobaia para um estudo em que estava autorizado a comer durante um mês apenas em restaurantes da rede McDonald’s.
No entanto, enquanto os aspectos morais das práticas desse tipo de indústria ainda precisem ser debatidos, talvez precisemos reavaliar a péssima reputação que esses alimentos receberam.
Talvez ela seja exagerada, ou pelo menos ultrapassada. De acordo com informações publicadas pelo Los Angeles Times, que informou que restaurantes mais novos, como Veggie Grill e Lyfe, cozinham enfatizando o uso de “gorduras conscientes” e possuem alimentos de qualidade em seus cardápios, em que os “ingredientes são retirados de fontes sustentáveis”.
As cadeias de fast-food mais antigas, como o próprio McDonald’s, observaram o sucesso recente desses estabelecimentos e adotaram a ideia. Sendo assim, com essa recente mudança para opções mais saudáveis, será que esse tipo de alimento continua tão ruim?
Fator “calorias”
Embora exista um número recomendado de calorias diárias – que pode variar de pessoa para pessoa – o mais comumente citado envolve uma ingestão mínima de 1200 calorias para as mulheres e 1800 para os homens.
Em uma pesquisa realizada em 2009, pela Health.com, que classificou os restaurantes mais saudáveis dos Estados Unidos, a rede McDonald’s, surpreendentemente, ficou no top 10. Isso porque eles passaram a vender os tais “Wraps” como opção de lanche, que engloba proteínas, mas sem uma quantidade indesejada de carboidratos.
Escolhas sábias
De acordo com a sugestão de especialistas, a chave do sucesso para fazer de um restaurante uma opção saudável, é fazer escolhas sábias. Todos os cardápios de restaurantes possuem itens perigosos. Mesmo se você estiver esbanjando saúde, é recomendável evitar alimentos pobres como frituras, alimentos banhados em creme ou manteiga, regados em sal ou açúcar.
Contudo, você pode fazer isso apenas observando no cardápio a quantidade de calorias que um alimento apresenta e riscar as opções menos recomendadas.
Fator “tentação”
É tudo uma questão de tentação.
Naturalmente, se você estiver passeando por um Shopping, passará pela praça de alimentação e ficará tentando a parar para fazer um lanche. Sendo assim, quanto mais você está rodeado de fast-food, mais suscetível a uma alimentação desequilibrada você fica.
Em um estudo realizado em 2013, pela Universidade de Harvard, especialistas sugeriram que fatores ambientais, tais com a proximidade a esse tipo de restaurante e a conveniência, contribuem para a compulsão de se alimentar com esse tipo de comida.
Preço
Já sabemos que a comida de fast-foods é mais barata do que um alimento mais saudável, o que chama atenção principalmente das pessoas de baixa renda, contribuindo para um ciclo vicioso de alimentação.
Em outras palavras, essas pessoas acabam estabelecendo um preço de alimentação de acordo com o valor do lanche do McDonald’s: se passar, é muito caro e inviável.
Saudável ou insalubre?
Obviamente que existem melhores opções alimentares que não contenham tanto sódio ou carnes processadas. No entanto, o fast-food não é saudável nem tão pouco insalubre.
Na verdade, o que é mais relevante são as escolhas e estilo de vida do consumidor.
De acordo com Mark Bittman, que escreveu para o New York Times,
“uma refeição de verdade, feita em casa, pode facilmente conter mais calorias do que junk food”
firmou.
“O principal problema é que o cozimento é definido como trabalhoso, já o fast-food é prático, além de prazeroso”
Acrescentou.
Bittman também acredita que tem que haver menos “mimimi” sobre a comida dos fast-foods e mais discussão sobre a mudança cultural de hábitos alimentares.
“Temos que celebrar o alimento real; criar nossos filhos com alimentos de casa e não os programar para os fast-foods, ensinando-os o dom de apreciar os prazeres e a aproveitar os alimentos feitos em casa e em conjunto”
Completou.
Com Informações de: JornalCiencia.
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