Patrick Fróes colocava fotos de viagens,
carros e festas em redes sociais.
Ele foi preso em Brasília de Minas;
golpes eram praticados pela internet.
Um homem, de 27 anos, que ostentava uma vida de luxo nas redes sociais.
Para a Polícia Civil, o dinheiro usado por Patrick Fróes para custear viagens, carros e festas é proveniente de um esquema criminoso que envolve uma quadrilha de estelionatários.
O engenheiro de telecomunicações foi preso em Brasília de Minas-MG após retirar encomendas na agência dos Correios, usando um documento de identidade falsificado.
O delegado Flávio Cavalcante explica que empresas sediadas em São Paulo suspeitavam que estavam sendo vítimas de golpes, já que várias compras feitas pela internet com cartões haviam sido contestadas pelos consumidores.
"Pelas informações iniciais,
a quadrilha faz a compra utilizando cartões clonados
ou dos próprios integrantes, que depois ligam falando que o cartão foi furtado ou roubado.
Além disso, eles falsificam identidades
Em São Paulo, encaminhavam para pessoas daqui
e elas se dirijam até as agências dos Correios.
Mediante a simples apresentação de um documento,
retiravam os equipamentos e revendiam"
Explica Cavalcante.
Tijolo no lugar de mercadorias
Patrick Fróes foi preso depois que a PC recebeu informações de que uma pessoa iria retirar encomendas na agência dos Correios da cidade.
Como a empresa desconfiava de que o produto estava sendo comprado pelos golpistas, um tijolo foi enviado no lugar do equipamento.
A polícia não conseguiu identificar o suspeito, mas na segunda retirada, ele acabou sendo preso.
De acordo com a PC, com o investigado foram apreendidos dois kits de produtos odontológicos, avaliados em R$3.000,00 mil e que seriam vendidos pela metade do preço.
Para retirar os produtos, ele usou um documento de identidade falsificado.
No momento em que foi abordado, Patrick retirou o plástico do R.G e tentou engoli-lo.
Equipamentos eram revendidos
O delegado acredita que o papel de Patrick na quadrilha era apenas de retirar as encomendas; há registros de que ele pegou produtos que chegaram nos Correios em Montes Claros-MG e Mato Verde-MG.
Posteriormente, ele fazia o repasse dos equipamentos para outra pessoas, que tinham o papel de comercializá-los.
Os investigadores encontraram anúncios de venda dos materiais na internet.
“O destino dos aparelhos era estudantes
do curso de Odontologia,
são equipamentos que têm um preço considerável
e eram vendidos pela metade do preço.
Ele tem pessoas ligadas ao ambiente acadêmico
que vendem esses materiais
a um preço muito mais barato”
Explica Flávio Cavalcante.
Como as investigações estão na fase inicial, a polícia não tem estimativa de quantos equipamentos foram retirados e vendidos no Norte de Minas Gerais, mas há suspeitas de que pelo menos cinco retiradas eram feitas por semana e de que Patrick Fróes participava do esquema há um ano.
Ostentação em redes sociais
A polícia ainda não conseguiu identificar se o investigado tem um emprego fixo.
O advogado dele, Édson Alves, disse que o cliente tem curso superior e que trabalha como autônomo.
“As informações em relação ao trabalho dele são iniciais,
não sabemos se ele estava ou não empregado,
mesmo assim, percebemos que o padrão de vida dele,
nas fotos dos amigos nas redes sociais,
que inclusive deletaram os perfis desde ontem,
é de ostentação com gastos em festas,
viagens e carros de luxo".
Patrick foi usado por quadrilha, diz advogado
Em relação a documento falso, o advogado diz que Patrick ficou com medo de represálias e acabou usando o R.G. Para o defensor, o cliente “foi usado pela quadrilha”.
“Eles devem ter aproveitado essa situação da doença dele para envolve-lo nesse fato tão grave”. Alves destacou que o cliente dele faz tratamento contra depressão há um ano, mesmo período que as investigações apontam o envolvimento dele no esquema.
“Ele foi convidado por um pessoal de São Paulo
para revender produtos odontológicos
no Norte de Minas, a principio não sabia
que estava envolvido em uma quadrilha,
mas está disposto a contribuir
com a polícia e com a Justiça.
É uma pessoa que tem residência fixa
e curso superior, família tradicional de Montes Claros
e que não precisava entrar nessa enrascada”
Diz Édson Alves.
Crimes
Segundo o delegado Flávio Cavalcante, Patrick Fróes foi preso por uso de documento falso e pode responder ainda por estelionato e formação de quadrilha.
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