Após diagnosticar doença rara, 
família usou a internet pra encontrar doador.
Helen precisou perder 6 kg em 15 dias 
para estar apta ao transplante.
               A timidez da analista de crédito Helen Mesquita, de 26 anos, faz ela gostar de falar pouco. 
               Já a pequena Maria Luiza, de 5 anos, adora soltar a voz, como mostra cantando "a plenos pulmões" a música "Romaria". 
               O destino uniu as duas pessoas tão diferentes. 
               Helen vai doar um fígado para a menina de Três Pontas-MG, que sofre de atresia de vias biliares. Elas se encontraram após uma campanha feita na internet, mas ajudar a menina exigiu um pouco mais que apenas um bom coração e a analista teve que perder 6 kg para se tornar apta ao transplante.
               A atresia de vias biliares é uma doença rara que só aparece em um a cada 2.500 mil recém-nascidos. 
“Ela com 5 anos tem um fígado como um alcoólatra 
hoje que teria 50 anos, que bebeu a vida inteira”
               Explica a mãe, Adriene Patrícia Ferreira.
               Com o diagnóstico na mão, os pais procuraram doadores entre amigos, na família, mas não encontraram nenhum. Então eles resolveram usar a internet pra pedir ajuda e iniciaram uma campanha que ganhou força nas redes sociais. Foram quase 500 compartilhamentos do pedido.
               Cinco doadores apareceram, mas a esperança estava mesmo na Helen, a jovem tímida que enfrentou o medo para fazer o bem. 
“Sou bem curiosa, eu vi tudo quanto é vídeo da cirurgia. Eu estou tranquila, por enquanto eu estou. 
Eu ajudo qualquer um que precisar, independente se for ela, se precisasse de outra coisa 
e eu pudesse ajudar, eu ajudo. 
Eu acho que isso é natural, pra mim é”
               Afirma a doadora.
               Após os exames, ela descobriu que era compatível e poderia doar, mas ainda havia um desafio. Pra ser doadora, ela precisava emagrecer e a luta agora não era só contra a balança, mas contra o tempo.
               Helen teve que dizer adeus às guloseimas e passou a encarar uma vida saudável. Nada de chocolate, macarronada... tudo tinha que ser livre de gordura. 
“Eu não gostava de verdura de jeito nenhum, 
nem tomate e alface, minha filha do céu (risos). 
Mas eu fui comendo, de pouquinho em pouquinho, 
e fui gostando aos poucos”
               Em 15 dias, ela perdeu seis quilos e passou a pesar 64 quilos e 800 gramas. Na casa da doadora, todo mundo embarcou na dieta e até a mãe dela, dona Regina, perdeu uns quilinhos. 
               Mas na casa da família da Maria Luiza 
a mudança foi maior.
               O sorriso nunca desapareceu do rosto da menina, mas no peito dos pais, a esperança da cura voltou a bater. 
“Depois que essa esperança chamada Helen surgiu pra gente, nossa, só transformou toda aquela dor, 
aquele sofrimento em esperança, alegria”
               Agradece o pai, Claudinei Pires.
               A menina declara com simplicidade sua gratidão. 
“Helen, eu te amo 
e eu sou sua amiga para sempre. 
Maria Luiza.”
               Com Informações de: G1.
 



 
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