No ano passado, foi anunciado o desenvolvimento de uma injeção tecnológica que seria capaz de estancar um ferimento à bala em até 20 segundos.
Conhecido com XStat, o dispositivo é preenchido com minúsculas esponjas de celulose. Ele é feito a partir da polpa de madeira e revestidas com um coagulante e agente antimicrobiano, chamado quitosana – encontrado nas conchas de crustáceos. As esponjas possuem cerca de 9,8 mm de diâmetro e podem absorver até 3 mm de sangue ou fluidos.
Assim que entram em contato com sangue, as esponjas se expandem rapidamente até 10 vezes o seu tamanho original para preencher a cavidade da ferida em cerca de 20 segundos, formando um bloqueio temporário do fluxo de sangue, de acordo com o fabricante.
Além disso, o dispositivo pode parar o sangramento por até 4 horas, e até três injeções podem ser aplicadas, dependendo da gravidade do ferimento.
Contudo, apesar do fato de que se levam muitas décadas para que uma tecnologia como essa chegue ao mercado, a fabricante RevMedx acaba de anunciar que a injeção já salvou sua primeira vida no campo de batalha. Isso porque, em 2014 ela já havia sido aprovada para uso militar, na esperança de que muitos soldados pudessem ser salvos.
Nesta situação, um soldado não identificado levou um tiro na coxa esquerda, abrindo a artéria femoral e danificando o fêmur.
Logo, um torniquete foi imediatamente aplicado, mas após sete horas de cirurgias os médicos não conseguiram estancar o sangramento.
Eventualmente, a equipe decidiu usar a única dose de XStat que tinham, o que, segundo eles, resultou em uma “hemóstase quase imediata”.
Em outras palavras, a hemorragia cessou completamente.
O soldado foi estabilizado e transferido para uma instalação de cuidados definitivos.
“Estamos satisfeitos por ver a XStat
desempenhar um papel crítico no salvamento
de um paciente e espero que o avanço signifique
uma maior adoção do dispositivo como um padrão
de tratamento para hemorragias graves
em ambientes pré-hospitalares”
Disse o CEO da RevMedx, Andrew Barofsky.
Com Informações de: JornalCiência.
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